Pelas pernas.Que Dois mil e doze me suba pelas pernas em abraços que nada neguem. E me carreguem, me recarreguem enquanto meus olhos deslizam no calendário por todos os desejos. Quero ver meu coracão afiado bater dentro de você, feito estilete, Dois mil e doze. Segurando-me pelos cabelos, apertando meus defeitos, e sufocando a lembrança viva do meu pensar confuso.É verdade que o tempo parece curto, e que na maioria das vezes eu insisto em manter a venda nos olhos, deve ser medo de revirar todas as canções antigas deixadas numa gaveta qualquer. Arrisco-me ao menos uma vez em tua porta aberta, Dois mil e doze. Bagunce-me. Reavalie-me. Me encosta na parede. Me desconforme. Quero sentir o gosto transformador de me ver arrancada das minhas certezas.Descarada, errante, pequena para os teus sonhos grandes e para as esquinas do seu mundo.
Dois mil e doze, não é tarde. nem falso alarme.
E prometo, deixar-te decifrando nossa futura despedida.
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