28.6.11
27.6.11
- ups!
e quase se foi mais uma borboleta que saracoteava em seu estômago.
Luiza coleciona esse tipo de borboletas. Mesmo sabendo que a fantasia dura o momento exato de um intervalo – até que apareça novo entretenimento.
Ela as mantém a pouca distância de um dedo na boca, afim de sentir o gostinho de cada uma em sua saliva. Por isso, volta e meia acontecia essa pequena tragédia de uma partir em liberdade voada. Luiza gosta demais de cada uma delas, alimenta-as de fantasias nos seus mais súbitos momentos de levar o gatilho à boca. Mas o que ninguem imagina é que dentre todas, Luiza tem uma preferida, que com sorte, continuará por dentro, um passo atrás da novidade.
17.6.11
algumas náuseas depois,
pois-se a desiludir o passado que pretendia retornar presente naquele dia. A primeira cena baseava-se em animais comendo, sentimento nascendo...Tudo nu e cru em pedaços. Pedaços mal passados, pedaços daquela história que eram ruminados aos brindes. E mesmo possuíndo nada mais do que alguns segredos e um simples desejo, ele revirava-me do princípio. E minha boca beijava e mastigava meus sentimentos numa ressaca imortal de tudo o que eu vivera até ali. Era crucial, sabe, lembrar com alegria e tornar tudo abstrato como havia sido no início, e o que conseguimos decerto, foi aumentar nossa lista de pecados.todos meus pequenos anseios podem sobreviver. todos esses amores podem morrer um dia - e eu quase me esqueci disso.
14.6.11
ininterruptamente
nada sai da minha mente
queria lançar na sua parede
meu lanche da tarde
minhas idéias noturnas
o chá verde diário
porque raios nada sai da embalagem?
nada sai da embalagem
nada sai.
viu?
...e os sussurros do cigarro caem densos e vagarosos, unidos à garoa e ao tempo do inverno que assopra o vento.
...e os sussurros do cigarro caem densos e vagarosos, unidos à garoa e ao tempo do inverno que assopra o vento.
11.6.11
rabiscado em 26/04/2010
e continuo eu escrevendo essa história. Pulando linhas, errando palavras, esquecendo títulos. Muitas para deixar registrado, outras para reler, algumas tantas para preencher vazios de certa maneira e deixar tangível a minha existência. E principalmente para poder amassar o papel e jogar no lixo, quando eu bem entender.
8.6.11
2.6.11
'Não sabia separar a alma do corpo. Se me despir, fico com o meu coração a nú :
A mulher tem fome e quer comer; sede, e quer beber.
Está com o cio e quer ser fornicada.
O grande mérito!
A mulher é natural, isto é, abominável.'
Baudelaire
Tenho direito a traduções de má escritora que sou.
e de tão sérias que são, não poderiam ser ditas, nem pensadas, nem sonhadas..
Confesso-as.
Precipito-as.
Precipício-as
Numa forma de oração ao meu imenso catálogo de visões des-torcidas sobre aquilo que já vem-me pronto.
e sempre, acho que me perdi
mais ou menos, por alí
mais ou menos, por alí
onde os gatos não são proibidos.
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