Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

26.12.13

Artéria, tu tens toda razão.

 
 
Volto ao velho e bom texto de carnes humanas cortadas a grosso modo em fatias para que possamos melhor, ao dissecá-las, entendê-las. Então, você, com algum esforço, chega no segundo parágrafo da última estrofe, ávido para seguir a minha história, que em nada lhe remete aos livrinhos de autoajuda da sua cabeceira que só servem para lhe anestesiar de suas escolhas baseadas ora na cerca florida do vizinho ora na novela das oito ora no último best seller com 50 tons de falta de massa cinzenta, 
quando meto um tiro no meu coração.
 
Confesso, isso acontece 2, 3, muitas vezes nessa vida.

confesse.



24.11.13

Sabem aqueles desejos exagerados? Não são nada exagerados.

 
Viver debaixo d'água tem sido uma opção confortável, desviando do 'tudo é espelho', de-morando-me a encontrar o caminho certo, sabendo que tudo é caminho, ninho, amiótico desejo de dentro,
pertencer a outrem, também.
 
Demoremo-nos.
 
Mas profundidade não se ensina. Reconhece-se.

2.10.13



Oi estranhos,

Tem tempo que nada escrevo por aqui. Ou mesmo passo por aqui para dar um mergulho naquilo que senti. Acredito que por saber que melhor respira quem pior mergulha, tenho evitado a-minha-eterna-mania-de-não-respirar e me dado a oportunidade de selar minha paz com o elemento Terra. Dei ouvidos aos chamados e a minha predileção por não pertencer ficou guardadinha esperando o momento ideal para o regresso. Não que eu tenha me tornado propriedade de mim mesma, longe disso, me dou muito trabalho e seria um trágico equívoco tolhir o mundo de meus pensamentos, minhas palavras livres, minha porção que os faz sucumbir carne às palavras (e versa).
Vale relembrar, se escrevo faca quero que ela vá direto ao coração.

16.7.13

Prece

este pequeno texto é uma delicadeza, veio só pra lembrar do necessário
 pra se estar contente.
 Cordialmente abre a janela, deixa o vento entrar. Tem música que pede vento, tem música que pede abraço, tem música pra cantar bem alto... Que dura um banho quente.
Sente? 
E ainda não é tarde
pra se deixar levar.
 Tocar a vida,
esse trilho barulhento e repetitivo,
num vagão onde não se vive de sonhos e nem pé no chão.
Lembra?
Mexer-se em si mesmo, caminhar de novo
com a roupa do corpo,
o corpo,
e com o que cabe nas mãos.
 
 
 
 

8.6.13

escandalosamente racional
centrada
não me leve a mal
me bagunce
*agora*
Lateja em mim a hora certa, o dia certo, a vontade certa, cada minutinho certo. continência.
e é tanta certeza que me enche de dúvidas.
Sumo
desapareço
Sumo verdejante líquido mordaz
escorre das pontas dos meus dedos. incontinência.
Texto morno
ineficaz
e os pés no céu a tal cabeça na Terra
ou Morro agora ou me Calo para sempre.
Me quero de novo, mas sem saber o porque do desejo de acionar o velho
Me quero de ontem, puta mentira. Arranco a venda dos olhos.
Molho. Respiro. Confundo. Agilizo.
atravesso a ponte, medo do cacete. Gosto do medo, da ponte, da travessia. clonezapan para relaxar meus dias.
E me quero muito.
Mais que antes
de agora em diante. e pra depois de tudo.
Found
Lost
Junto.
e vou só.
(..)para o caso da felicidade equivalente, quem o pretende?'
Não é o fim
 
ps: me desculpe Maio.
 


28.4.13

a festa é minha.

Abusando do direito de ser desconhecida, digo uma boa quantidade de disparates.
vou pelas beiradas deixando minhas mensagens-pós-qualificadas-em-porra-nenhuma-de-um-niilismo-in-considerável. Fazendo jus ao meu jeitinho zero pop desgraçado, por muitas vezes assanhado, tantas outras you come at the Queen you best not miss...
 com o tempo fui, novamente, desabituando do exercício da escrita, me acostumando com a linguagem silenciosa dos segredos, encurtando os discursos, falando menos pra caber pensar.
 Pensa-se bastante por ora. e se joga de hora em hora.
os olhos continuam fechados (enxergo melhor assim).
No momento seguinte, bocejo.
 já não é nenhuma surpresa.

12.3.13

chega março pro abraço e meus pés descalços aprendem muito com o chão. Respiro melhor aqui dentro, onde ainda encontro água.
A lição: de todas as mentiras, a da imutalidade é a que mais mata.
em seguida, logo, mudo a direção e sigo quebrando espelhos aos montes sem saco pras coisas da língua, repetitivos reflexos, e descobrindo graça nas coisas da(s) matemática(s). Apague o corpo. não termine a frase.
mas faça as contas.
 
Liberdade maior é uma história completamente diferente. já falei isso pra vocês, né?
 
 
 
 

19.2.13

meteu o desencanto no bolso,

e se agarrou a voracidade do momento inverso ao que é habitual aos mortais. fazia tempo, tempo que não se tinha e com isso perdia.
 A grandiosidade,
e se retia aos detalhes do cotidiano. Sangra agora diariamente, do avesso, por dentro.
Pra fora. vê poesia novamente no meio de todo essa gente. contrato, dinheiro, parede. Nascente.
 com olhos generosos. cede.
 sede.
silencia. aos berros.

olhar por cima dos ombros cansa. Tem lá sua piada.


 

24.1.13

Antes que janeiro se vá,

mudando o coração. mordido, em vão. - A que horas jantam as pessoas livres?
depois de terem sido eliminadas todas as mordaças e todas as vedações. Ou seja:
é a tua vez.