Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

28.9.11

mut- antes

É chegada a hora de prepararmo-nos para
 derreter
exarcerbar
calçar o chão
vestir as paredes
destilar
arrebentar
subir o chão
perder as paredes
A corrupção dos corpos é uma ordem!
Libertos da superfície
em velocidade letal
até surgirem largos loucos livres desenhos de ar sob luz intermitente
Evaporar

*
*



'Intento é a relação com o sagrado'








23.9.11

amores imaginários/pé na estrada/quero todos os elogios à mim escritos nessas paredes/o mergulho na cidade enfiada no copo de vinho/meu destino tinto marcado pra sempre/regresso amanhã envolta nas imagens circulares do amor/na absoluta onipresença das novidades que destilam minhas veias/e se tudo isso não é um sonho/e se o cavalinho se joga na chuva/se a imaginação ainda mata minha sede/e se o mundo nada mais é do que uma rolha em busca de uma janela pra estilhaçar/eu sou feliz pra cacete.


we accept you, one of us!

13.9.11


Preciso de um coração novo. Um coração com menos entulho, menos barulho. Com menos destroços. Com menos abraços desfeitos, menos unhas cravadas -  e se possível sem quaisquer detritos impróprios.

Preciso de um coração maior. Quero um coração novo e dos grandes, cheio de ar e de sorrisos, cheio de uma resignação feliz, sem ódio, sobretudo sem ódio, e sem qualquer chama que se alimente do seu oxigênio. Preciso de ar, sem medo de sopros. Um tipo único de coração inflável, para que na exata hora de abrir o peito - porque sempre chega a hora de se abrir o peito- eu falasse em tom rasgado, cheia de charme: Pode chutar, pisar, esmagar à vontade! E então no fim, triunfante, eu anuncio: Rá! este coração nem de felicidade há de arrebentar.

10.9.11

com tamanha dedicação recorto pedaços do mundo

Sou efetivamente uma anti-heroína,
no entanto obrigo-os a abandonar essa ideia tentando com a minha redenção sem, obviamente, permitir que dela se convençam totalmente.
E por fim, deixo-os com os mesmos sentimentos contraditórios,
entre a comoção e o dedo acusador.
Mas como ninguém se salva, tudo bem.

na infância, e ainda, preferia ser um gato a uma flor. Já lhes contei o quanto gosto de malucos, chocolate, de camiseta branca... e que em círculos são incontáveis as minhas aspirações para R-EVOLUIR. Mas, se em inúmeras ocasiões não são precisas palavras, é também por causa delas que trememos.

**Há nesta exaustiva recolha de informação uma urgência em fixar o mundo, própria de quem ainda reserva para si alguma inocência**