e vou abrir o coração e arregaçar amor na cara.achas que nasci sem asas?essa minha alma tão cheia, ora transbordae é do peso de tamanha enchenteque lhe trago esse doce sonho amendoadodas cores que me falam em julhorecito graça, à vocêde forma encantadapoesia na sacada, na escada, nos murosporque gosto desse jeito largado de falar de amor em qualquer esquinae se dobro madrugadaah, alma arretadade pudores sem calçanesse frio de calor humano aflorando na cascae é preciso muita coragem pra dizer: -meu saber, é de sentimento.natureza crua, como uma dessas minhas loucurasora alaga.
30.6.10
minhas artimanhas para fugir estavam no auge da criatividade
labirintite
e o caminho para o desatino começa na ponta da minha língua.
desce fala
agonia
garganta escorre em brandos goles
sossego o facho
em nítida presença
do nó
e nesse ponto
me resta a lágrima
ou o grito.
desce fala
agonia
garganta escorre em brandos goles
sossego o facho
em nítida presença
do nó
e nesse ponto
me resta a lágrima
ou o grito.
penada
O vácuo estampado nos olhos dos presentes apresenta o vigésimo-quarto frame em intolerância subliminar. Chip virtual implantado. Todos assimilam em conjunto, e sorriem.
concreto
e resolvi emoldurar todos meus desvios. Já era tarde da noite e minha vontade, que seja feita, foi sem demora executada. E em plásticos os emoldurei herméticamente, desvios meus na parede.
29.6.10
ineperadamente
(por vezes)
não terá o amor ainda a densidade possível?
espero-te como sempre, na serenidade do irremediável. e passo os dias a sentir a tua falta.
(por vezes)
esquecendo tudo o que é desmesurado e para sempre.
não terá o amor ainda a densidade possível?
espero-te como sempre, na serenidade do irremediável. e passo os dias a sentir a tua falta.
(por vezes)
esquecendo tudo o que é desmesurado e para sempre.
25.6.10
mapeando
Ela sabe que somos antigos como os animais - nossos irmãos, as árvores, os fungos e as bactérias, e como eles destinados a desaparecer sem que isso seja uma grande notícia.
*mas seu coração não conhece o mal. e seu rastro é decifrável porque deixa sempre suas marcas em letras.
*mas seu coração não conhece o mal. e seu rastro é decifrável porque deixa sempre suas marcas em letras.
24.6.10
o excesso do homem de lata
Fui desacreditada no tamanho dos meus sentimentos.
Fiquei nua, de alma. E mesmo assim fui desacreditada no tamanho do que sentia.
E não satisfeita, fui capaz de arrancar do peito meu coração
e oferece-lo em tudo aquilo que batia
deixei meu sangue escorrer por entre os dedos
afim de que se tornasse ainda mais real
tudo o que eu já não fazia questão de guardar por dentro.
De corpo aberto, eu me debatia e tremia...
E ele, sem pulsar.
...
foi o que obtive de resposta.
e Dorothy hoje, manda um abraço.
Fiquei nua, de alma. E mesmo assim fui desacreditada no tamanho do que sentia.
E não satisfeita, fui capaz de arrancar do peito meu coração
e oferece-lo em tudo aquilo que batia
deixei meu sangue escorrer por entre os dedos
afim de que se tornasse ainda mais real
tudo o que eu já não fazia questão de guardar por dentro.
De corpo aberto, eu me debatia e tremia...
E ele, sem pulsar.
...
foi o que obtive de resposta.
e Dorothy hoje, manda um abraço.
amor tântrico próprio
ser inteira será ilusão nesse mundo cão..? porque até ele precisa do gato pra se ver livre do rato. é questão de barato, de ensaio pro que se pode ter de melhor no seu encontro profundo.
pode
ser
que
um
dia
eu
não
tenha
mais
nada
a
dizer
.
e
que
muda
,
tudo
torne-se
de
vez
fala
de
um
início
com
um
fim
em
plena
madrugada
.
e
que
meu
retorno
seja
breve
bruma
espuma
,
pra
espalhar
e
fazer
os
olhos
arderem
.
fecharem
,
talvez
,
para
sonharem
outra
vez
com
o
que
jamais
tenha
sido
dito
de
dentro
pra
fora
por
mim
.
talvez
por
ti
...
adeus.
ser
que
um
dia
eu
não
tenha
mais
nada
a
dizer
.
e
que
muda
,
tudo
torne-se
de
vez
fala
de
um
início
com
um
fim
em
plena
madrugada
.
e
que
meu
retorno
seja
breve
bruma
espuma
,
pra
espalhar
e
fazer
os
olhos
arderem
.
fecharem
,
talvez
,
para
sonharem
outra
vez
com
o
que
jamais
tenha
sido
dito
de
dentro
pra
fora
por
mim
.
talvez
por
ti
...
adeus.
22.6.10
entressonhos
E para você entender os meus grandes sonhos deveria ter entressonhado-os comigo.
Seriam sonhos meus, sonhos teus, sonhos nossos. E me visitaria sem demoras de noite a dia, unidos por fantasia. Porque não seria louvável os impôr à você.
Quero sonhos sonhados juntos, por ti simultâneamente em que vivo meu sonho em si.
21.6.10
algumas colheitas, outros semeares e as esperas.
este ano atrasei-me para tudo. estou desencontrada do meu próprio ritmo. não sei o que fazer deste desconcerto. deixo vocês apenas com isto - a introspecção possível.
e mais adiante, quem sabe, hei de encontrar coisas essenciais que estiveram tão perto de terem ficado perdidas.
cada uma no seu tempo.
e mais adiante, quem sabe, hei de encontrar coisas essenciais que estiveram tão perto de terem ficado perdidas.
cada uma no seu tempo.
awe
Eu era qualquer outra coisa quando você apareceu. Com dedos me moldava em sorrisos , com palmas em abraço. E tenho imensa saudade de o mundo ser um lugar em que eu te nomeava só meu.
Agora segue seus passos, em passos meus. Porque temo indicar as precisas coordenadas do nosso esconderijo. Corpos colados por desejos, próprio da fuga.
E por mais que o beije, este príncipe insiste em não se transformar em sapo.
19.6.10
18.6.10
torpor
e diante de tantos retalhos e recortes diz ele:
- eu hei de amar uma pedra.
impronunciável essa questão. Vai-te tu só. E acontece um dia que amar não encontra verbo. Talvez sejam as horas longas de inverno.
- eu hei de amar uma pedra.
impronunciável essa questão. Vai-te tu só. E acontece um dia que amar não encontra verbo. Talvez sejam as horas longas de inverno.
Quando não ouso falar. *suspiro*
Ela acredita nisso e em tudo o que ele não diz.
Ela gosta dele também por isso.
à imensidão das coisas inexplicáveis.
Ela gosta dele também por isso.
à imensidão das coisas inexplicáveis.
16.6.10
Isso que me propus pode ser amor fati
Desmistifiquei significados exagerados.
Voltei de olhos fechados a todas as brincadeiras que fiz com meus irmãos. Regresso ao momento decisivo em que o afeto que rondava a nossa familia fora quebrado para ser reconstruído de uma nova maneira. Passei por ruas, calçadas e todas as festas que curti. Comi de lamber os beiços o macarrão com galinha que só minha mãe sabia fazer. Cheguei a cantar novamente quando meu pai tocava como ninguem o violão na varanda da fazenda. Revivi as cenas amorosas e todas as brigas que computei ao longo da minha estrada. Fui lá buscar momentos libertadores na escola e na faculdade. Oscilei algumas vezes, vacilei tantas outras.. Nos meus erros, acertos e divisores de água estive lá novamente experimentando o gosto de tudo. Revi amigos que passaram, que voltaram, que ficaram e que chegaram. E chorei ao lembrar do nascimento do meu filho, meu momento mais mágico. E tudo se tornou ainda mais interessante em repetição. Sou exatamente o que vivi pra mim.
Desmistifiquei o que supunha ser difícil de encarar. E me abracei ao cheiro da merenda.
Voltei de olhos fechados a todas as brincadeiras que fiz com meus irmãos. Regresso ao momento decisivo em que o afeto que rondava a nossa familia fora quebrado para ser reconstruído de uma nova maneira. Passei por ruas, calçadas e todas as festas que curti. Comi de lamber os beiços o macarrão com galinha que só minha mãe sabia fazer. Cheguei a cantar novamente quando meu pai tocava como ninguem o violão na varanda da fazenda. Revivi as cenas amorosas e todas as brigas que computei ao longo da minha estrada. Fui lá buscar momentos libertadores na escola e na faculdade. Oscilei algumas vezes, vacilei tantas outras.. Nos meus erros, acertos e divisores de água estive lá novamente experimentando o gosto de tudo. Revi amigos que passaram, que voltaram, que ficaram e que chegaram. E chorei ao lembrar do nascimento do meu filho, meu momento mais mágico. E tudo se tornou ainda mais interessante em repetição. Sou exatamente o que vivi pra mim.
Desmistifiquei o que supunha ser difícil de encarar. E me abracei ao cheiro da merenda.
14.6.10
no mundo dos adultos, essa é minha parcela.
não pensei duas vezes.
Deixei a liberdade escapar boca a fora. Apreciei sabores jamais encontrados em pacotes oferecidos, congelados. Deixei a liberdade mundo a dentro, alma no vento sem medo do tempo. Era a paisagem mais linda que já havia visto, de um tom de branco colorido e suave, refletindo arco íris por toda parte. Em segundos fechei os olhos, e me armei do amor mais puro, amor de ventre no mundo.
E de encontro ao céu me destaquei entre o povo que passava baixo,
em seu vôos diários.
E mais uma vez, não pensei nem duas.
Deixei a liberdade escapar boca a fora. Apreciei sabores jamais encontrados em pacotes oferecidos, congelados. Deixei a liberdade mundo a dentro, alma no vento sem medo do tempo. Era a paisagem mais linda que já havia visto, de um tom de branco colorido e suave, refletindo arco íris por toda parte. Em segundos fechei os olhos, e me armei do amor mais puro, amor de ventre no mundo.
E de encontro ao céu me destaquei entre o povo que passava baixo,
em seu vôos diários.
E mais uma vez, não pensei nem duas.
10.6.10
primeiro olhar senti no estômago.
as risadas eram simultâneas.
e o vínculo estava feito. A proximidade dos corpos faziam com que o cérebro processasse os desejos mútuos. E a voz, como em um passe de mágica, sincronizada, tornava-se acolhedora para os ouvidos mutuamente atentos. O passo seguinte foi o toque. Que na verdade aconteceu primeiro embaixo da pele, tudo era energia naquele momento. E minha definição de volátil, agora, era um fato.
Sistema límbico agindo nas vontades. Enfim, o primeiro beijo.
E por fim a saudade do corpo.
e o vínculo estava feito. A proximidade dos corpos faziam com que o cérebro processasse os desejos mútuos. E a voz, como em um passe de mágica, sincronizada, tornava-se acolhedora para os ouvidos mutuamente atentos. O passo seguinte foi o toque. Que na verdade aconteceu primeiro embaixo da pele, tudo era energia naquele momento. E minha definição de volátil, agora, era um fato.
Sistema límbico agindo nas vontades. Enfim, o primeiro beijo.
E por fim a saudade do corpo.
A
saudade
do
Todo.
9.6.10
isso pode ser um monólogo.
Há passos largos entre imperfeições honestas e belezas hipócritas vou deslizando pela vida. Sabatinada em meio a magia colossal do que se pode enfiar numa bolsa gigante e carregar em rodas por avenidas. Vou tecendo realezas em reais situações cotidianas. Nada perfeito me influencia mais do que a passagem coerente do cometa Halley de 76 em 76 anos pela Terra. A minha insistência em permanecer sintonizada é involuntária. Minha mente diz mais na calada, toma ares de asas e voa longe na madrugada. As vezes aproveita o deleite da calma manhã das quartas. Café em boa quantidade e qualidade me deixam também auspiciosa em relatos virtuais. E se é pra te deixar mais tranquilo: Faço isso de alma, honestamente.
8.6.10
7.6.10
Litros de café depois..
Eu sou. Você é também.
do lado mais selvagem da vida, é que estou falando.
será que seus olhos acompanham meu rebolado? Porque já perdi as contas
de quantas noites, espero..
Bom,
agora não espero mais nada
Joguei fora junto com o café
o cigarro
e as mentiras.
até porque a gente sabe
que nem sempre todas as verdades se pode ter.
e nem todas são
de doer.
será que seus olhos acompanham meu rebolado? Porque já perdi as contas
de quantas noites, espero..
Bom,
agora não espero mais nada
Joguei fora junto com o café
o cigarro
e as mentiras.
até porque a gente sabe
que nem sempre todas as verdades se pode ter.
e nem todas são
de doer.
um dia na vida de uma pessoa.
uma pessoa passeia com uma televisão. a pessoa senta-se na cadeira de um ônibus e senta a televisão numa das cadeiras ao seu lado. depois a pessoa levanta e continua a passear com a televisão até que se senta no banco de um lindo jardim e senta também a televisão nesse banco. depois a pessoa regressa a casa, cansada, com a televisão e deita-a na cama onde se deita também, carinhosamente. então a pessoa adormece de frente para a tela da televisão e tem sonhos em preto e branco.
uma pessoa passeia com uma televisão. a pessoa senta-se na cadeira de um ônibus e senta a televisão numa das cadeiras ao seu lado. depois a pessoa levanta e continua a passear com a televisão até que se senta no banco de um lindo jardim e senta também a televisão nesse banco. depois a pessoa regressa a casa, cansada, com a televisão e deita-a na cama onde se deita também, carinhosamente. então a pessoa adormece de frente para a tela da televisão e tem sonhos em preto e branco.
há excesso
de mundo.
e por aqui, tudo é um lugar incerto como Avalon entre as brumas. Subitamente, sou minúscula outra vez. E ensaio o menos possível. recolho-me como um animal ferido, para sustentar o espaço em branco para as palavras assim como o silêncio para as músicas. Minimalista detenho demasiado mundo a minha volta. sem palavras emergentes, sem gente. Em parágrafos mínimos,
tudo de novo.
e por aqui, tudo é um lugar incerto como Avalon entre as brumas. Subitamente, sou minúscula outra vez. E ensaio o menos possível. recolho-me como um animal ferido, para sustentar o espaço em branco para as palavras assim como o silêncio para as músicas. Minimalista detenho demasiado mundo a minha volta. sem palavras emergentes, sem gente. Em parágrafos mínimos,
tudo de novo.
6.6.10
exercício anual de sobrevivência No 5
continuo a acreditar na primavera, nos grandes amores, e na alegria dos prazeres inúteis.
5.6.10
Edifiquei.
Não ao ponto de me tornar concreto. Mas cheguei mais perto do céu. Me fiz janelas, portas, corredores..e corro como uma louca tocando em campainhas, subindo e descendo escadas. E das muitas vezes em que me pego sem pressa, vou de elevador. Meu elevador é panorâmico. Fiz questão de projetá-lo assim, afim de que me acompanhassem em descidas e subidas os pássaros, os vizinhos e as paisagens coloridas.
Sei que as vezes de tão edificada, fica impossível de me alcançar em incêndio. Mas tranquilizem-se, minhas saídas de emergências são bastantes estratégicas.
Minha função edifício as vezes entristece, e me faz falta uma cerca branquinha com flores ao redor, frutos e pouca distância.. Mas já não mais menina, estou confortável em me ver guardiã de minha própria portaria (ou quase). Somando ruas, avenidas e calçadas percorridas, me assisto enfim rodeada por minhas escolhas e boas companias.
Até que me imploda quando eu bem entender, e comece tudo outra vez.
Sem lamentos.
Sem apegos.
E quem sabe com a tal da cerca branquinha.
4.6.10
substância
na palma da mão.
Foi entregue todos os vestígios que ainda restavam daquela noite: um sonho vago, um punhado de delírios e boa parte do coração. Naquele momento, tudo parecia o branco vivo da palavra sal. Sentia-se o arder nos olhos e um aperto que transcendia minhas capitanias. Meus sentidos ainda latejavam no dorso do peito, que vagava aquecido pela cabeça dele. Silhuetas, que jamais esquecerão do que é tornar-se uno em líquido, vapor e sólido.
Foi entregue todos os vestígios que ainda restavam daquela noite: um sonho vago, um punhado de delírios e boa parte do coração. Naquele momento, tudo parecia o branco vivo da palavra sal. Sentia-se o arder nos olhos e um aperto que transcendia minhas capitanias. Meus sentidos ainda latejavam no dorso do peito, que vagava aquecido pela cabeça dele. Silhuetas, que jamais esquecerão do que é tornar-se uno em líquido, vapor e sólido.
2.6.10
anestesia
e mais um minuto isso passa.
Não é possível tanta carne ao ponto de nada. Como quem de súbito, vindo a fonte me torna impermeável ao ato sentir. Mê de algo que toque, suplico, recortado de ângulos em que eu me sinta um caleidóscópio de sensações. Tô na carne, há passos que subsistem em meros relatos esporádicos de sinais vitais.
*coisas de Drama Queen.
Não é possível tanta carne ao ponto de nada. Como quem de súbito, vindo a fonte me torna impermeável ao ato sentir. Mê de algo que toque, suplico, recortado de ângulos em que eu me sinta um caleidóscópio de sensações. Tô na carne, há passos que subsistem em meros relatos esporádicos de sinais vitais.
*coisas de Drama Queen.
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