Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

29.5.11

no meu arquivo zombie, se Kubrick filmasse a versão feminina do Laranja Mecânica, a protagonista poderia ser... bom, deixou há muito de ser um poema... e já é um livro não escrito imenso e mais profundo e além de toda... no fundo, qualquer coisa é pretexto para se abrir o peito ao mundo... admite o gozo de voltar atrás e se... entretanto, tanto você pode negar.. e o tempo, muito tempo, pode não medir... Percebes que isso é um beijo?


25.5.11

Primeiro, um mergulho de emergência.

e quando tudo volta a mais perfeita ordem
de súbito tudo torna à seu lugar de origem
não era de se assustar que [obs]cena seria seu trajeto sobre a normalidade aparente e pedante daquilo que ao final havia se perdido.
- converter-se a própria pele sem se habituar às histórias.
 Era a-moral da tal narrativa.


e ela gosta de histórias sem moral mesmo.
diga que compreende, mas pode ser que ela não ligue,
 vírgula é a palavra mais bonita por aqui hoje.

14.5.11

suas pernas tremeram
e sua ansiedade foi tamanha
que disse 'obrigada!' à máquina de café.

Eles,

eram mais dois perdidos no mundo.
ela gostava de barba. bom, ele gostava que ela gostava de barba. eles não se conheciam. assim como aquele casal vizinho, que está junto à vinte anos.

- opa!
- opa! as vezes dou uma pinta por aqui.
- hum sim! eu tô sempre
- escolhas. rs. me conta tudo.
- não é a melhor coisa do mundo ficar aqui. é uma escolha..  e pode ser a única, pelo menos agora.
- é verdade.. e pode ser a melhor coisa aqui, ficar no mundo agora...escolha... ah, se eu fosse homem teria uma barba como a sua.
- jura? é boa?
- é boa...., de boa, na boa.
- que bom, tá bom, pois bem.
- gosto disso. músico?
- musico ator, ator musico..não sei
- nem precisa, a gente acaba sendo um bocado de coisa.
- verdade. mas deixo por conta de quem acompanha, sabe..nao sei definir algumas coisas pra nao limita-las, entende?
- entendo. tenho problemas com rótulos tb, até gosto quando vem com uma garrafa de vidro verde %¨&*e tal....desculpa, meu teclado.
- magina.
- magino, tudo e muito. rs
- hahaha vc é boa.. muito boa! na boa.
- na boa, sou é gostosa mesmo. hahaha
- é, isso eu preciso dizer ou digitar por enquanto né...na boa.
- é..a proximidade aqui é inversa.
- nos afasta tanto que sentimos juntos, é bom e ruim.. sei lá
- sim, como a vida... sabia que quando te vi pensei: Olha, planetas vizinhos!
- é energia? das boas, eu sei!
- mágico!
- eu gosto!
- eu tb gosto...gosto de muita coisa!
- eu sabia que vc era boa!.. e eu gosto.
- gostosa! aff..
- bastante, vc até escreve como gostosa!
- adorei o elogio! hahaha
- não é.. e vou te contar, eu to conversando contigo vendo suas fotos não é doido*
- doido é bom, assim de barba.
- já prometo que vou praí de barba.

... e foram felizes para todo um frame.

9.5.11

pensou melhor. depois sorriu quando lhe disseram que a vida era um livro escrito especialmente para ela. bom, mais trinta e dois passos para o lado errado, um narrador cansado, uns poucos leitores entediados e um chocolate ali. à mão. [eles tinham razão]

amor à primeira ervilha (o mundo é uma ervilha?)

na esquina do mundo
menos 27 suspiros profundos
e o abraço fora inventado com 4 braços
não sei de você
mas não devo mais nada agora. só a mim, a vida que mereço
e devolva-me os braços que ficaram agarrados em suas costas
naquele 'para sempre'.
virando a página
Fim
da primeira parte.

7.5.11

e quando eu te encontrar de novo
vou fingir que respiro.

Quer brincar comigo?

'desabotoa o peito devagar. um a um, os botões, a pele, o osso que se descobre transparente, transpirado, transponível. desabotoa devagar o peito e escuta. chove todos os dias ali.'

Agora,
vamos trocar de pele?
Pegue. Pára. Sentes?
escuta teu peito a pulsar o meu.
Então, essa sou eu.

2.5.11

Talvez um dia eu seja completamente zen, daí eu mude para Meninas são Songas e Mongas.

[pra ilustrar]


1.5.11

We might die from medication but we sure killed all the pain.


Ingenuidade se ver livre do buraco no peito
buraco, fosso, cratera
Denso.
Mas há remédio que alivia a dor
Vicia.
O paliativo amor do outro.
Respira... pronto tudo normal outra vez.