Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

7.10.11

comecei a passar reto onde fazia curva

e por fim, me sobrou o sorriso. porque essa história tem por fim um novo começo. enquanto no meio descobria o fim.
Era uma vez, ou melhor, Eram umas vinte e sete vezes que doía aqui. - você enxerga aqui? aqui onde faz curva. Pois bem, fora ali que tudo teve início, meio e fim. Eu esquecia de mim. mas quando doía, era eu que existia. A vida em curva.
- obrigada! - estava na ponta da língua. Em desalinho, acostumada com a sangria, era vermelho o que sinalizava a partida.
 Mas a paisagem vinha perdendo sentido, já não mais sentia. E nem mesmo os olhos fechados resistia a fantasia. E o que já fora tremenda emoção dentro da curva, virara peso em contrapartida. Um dia, há tantos e tantos dias do meio, depois do primeiro começo, longe dali, avistou a tal linha sonhada. Delgada, sutil, ligeira. Gaveta aberta. Iluminada. Sem prolongar o discurso, abriu os braços ao sabor do desconhecido. Vislumbrou ser Dona de si, traçou sua ida. partiu.
Hoje quem a vê, diz que segue reta, cabeça erguida. Ela, diz tênue- e sorri. 

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