Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

17.8.10

e mais uma vez, o baú. (um dos escritos em março de 2010)

Massagem cardíaca

e lentamente com visão ainda distorcida por imagens em movimento. Aquela velha história de se jogar de olhos fechados no vazio que as emoções atiram. Um corpo aberto em choque com a memória de outro corpo, buscando-se. Entre espasmos de um prazer fulminante a galopes derradeiros dos cheiros que ainda lhe resta na memória. Sangue, pulso, sangue, pulso, pressão em descompasso profundo. E subitamente, uma luz fria que entra pela janela, encerra todas as coisas do princípio e fim do mundo.

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