Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

28.9.10

Nem tente negar essa coisa estúpida que acontece com qualquer um.

pobre de amor qualquer, esbanjando o orgulho dos bandidos sujos e apenas bom para o papel. Terminemos nossas lágrimas mais urgentes, em pontos extremamente distantes um do outro, pra caber um qualquer que não valha, mas que está aí à mão, a pé.  
E falo baixinho, organizo as palavras, faço a intensidade dançar, e não te vejo aqui e nem lá.

27.9.10

status quo: no silêncio que um livro proporciona


um luxo.
E lhe pedi para que se virasse do avesso:

- Por favor, será que poderias pôr para fora seus pulmões e coração para que o ar frio que suas entranhas temem tanto em sentir possam tocá-los de forma real? Que lhe prometo que do avesso, o universo inteiro ficará por dentro- como seus sentimentos temem tanto em mostrar.

Agora, emocionalmente será que poderia fazer a mesma coisa?

19.9.10

o que me excita é essa sua cara de espanto.

_


Acho que agora está nítido, não?

Tudo acontece ordenadamente.
Algum tempo passa..
E você volta para casa compreendendo, enfim, porque é que a sua avó era tão feliz em seu tempo.

detalhe: estou com aquela blusa que só coloco em momentos importantes.


_
atmosféricamente,
 ainda prefiro a leveza do papel
 que escrevo
 e que ainda vai ganhar o mundo.

alguns versos entre outros paradoxos entre outros

inadiavelmente
seu desejo é ser confortada com intensidade
irremediavelmente
o que a acalma é suas entranhas anunciadas

vai entender o que ela enxergava de dentro pra fora.

vai entender o que ela enxergava de fora pra dentro.


*leia também, se for capaz, o que vem só em vermelho.
(é, as vezes sou didática)


15.9.10

refém da liberdade

...e vou
marchar na frente daquele batalhão, de saia vermelha, cabelos soltos, argolas nas orelhas. Pra em sentido, fuzilada ainda dizer, subvertida:



- Bom dia, General!
eu e meu vestido de sorrisos

ando..

idéias etílicas
idéias anatômicas
idéias descartáveis
idéias flutuantes
idéias musicais.

tim tim por tim tim
no meu lirismo pagão, sigo a alma que me resta.

espelho, outra vez.

- será eu a que pergunta ou a que responde?

(olho-me e encaro)

e percebo que sou o avesso daquilo que estou vestindo. e que sou o que estou vestindo avesso daquilo que percebo.

(viro-me e saio correndo)

enfim, a tal da maçã. ou seria o veneno ou seria tudo invenção?

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..e chegara a conclusão fatal de que melhor engolir o sapo antes de que o mesmo torne-se príncipe. Estava cansada de era uma vez.



10.9.10

10 de setembro em algum ano qualquer..

..ela chegou como aquilo que as veias pedem. intelectualmente medíocre. crônicamente irônica. preferia na infância (e ainda) ser um gato a uma flor ou mesmo ser levada por um extra terrestre pra conhecer o universo. nas horas que lhe sobram, descobriu que arranhar palavras poderia salvar a própria alma, e nas demais que lhe restam observa à gargalhadas o que acham de tudo isso que é o mundo. Já educa um pequeno, sem nunca ter a certeza de que se esse papel de fato pertence a ela ou ao pequeno. E ainda carrega uma sacola de grandes e bons sonhos que acredita piamente ao atravessar o arco íris segurando-a firme, todos irão se realizar.


'Viver é bom
Partida e Chegada
Solidão
Que nada'

9.9.10

morda em mim nada que esteja entre essas almofadas
e que não tenha sangue o suficiente
para estourar.

8.9.10

temporariamente

não quero ser piegas, mas ventar é mais inspirador que sufocar.
E ficamos assim nos desconhecendo até o fim. Preenchendo os vazios com liberdade de fatura paga mês a mês. E quem sabe enfim, nos apaixonemos novamente por nossas adoráveis imensidões de vidro verde. Ah, desculpe-me se estou sendo repetitiva, estou? Porque se é pra devorar o mundo como falávamos enquanto enchíamos a cara de vinho as 4 da matina, e a pele ainda quente desejava mais do que longos abraços, tem que ser comigo. Boca a boca, esôfago a esôfago, fígado a fígado.              
Bom, e pra deixar claro, os detalhes casuais, na minha vida você já é imortal, baby.

3.9.10

'Talvez seja possível amar uma mulher por causa de um livro, de um poema sublinhado, de um filme em preto e branco, de uma casa, do olhar de um homem quando fala dela, da forma como o seu cão a espera.'

Ana Teresa Pereira