Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

10.3.11

dádiva oral-niilista

Os mais próximos sabem (refiro-me à distância de cadeiras de uma mesa de bar) que sou capaz de direcionar assuntos sobre o nada que levem à lugar nenhum espetacularmente por horas a fio. Devo dizer que  a minha vontade de esfregar meu desapego social na cara de todo mundo já foi imensamente maior, até porque acho tão emo toda essa histeria, e convenhamos nem possuída pelo dêmo eu seria um deles. Ao longo dos anos desenvolvi um sistema criativo de dar fora sem partir corações, e te garanto que isso é o mais próximo que enxergo em mim um tal grau de evolução. Continuo com a mesma mania deliciosa de mandar sinais e mudá-los tão rapidamente, sem que os primeiros sequer sejam entendidos. E de passar dias sem que ninguem me ache. As vezes finjo que sou invisível, as vezes uma rosa, as vezes seguro uma placa 'vamos sair e encher a cara' e as vezes eu só quero dizer docemente: “Se você ultrapassar o espaço de meio metro que eu preciso para organizar meus pensamentos, eu provavelmente pularei na sua jugular e arrancarei um pedaço dela com os meus dentes”. Mas na maioria dos meus assuntos vou admitir que o que se pode encontrar, mesmo que em código morse é o seguinte: Estão  prontos?

gosto de Des-desnudar crenças.



2 comentários:

  1. http://clarissacorrea.blogspot.com/2011/03/meu-lado-maria.html

    esse texto é maravilhoso ,lembra os seus que tambem são um must !

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  2. Nossa, que maravilha de texto! Bravo!

    Obrigada por compartilhar de tamanha lucidez. bj anônimo(a)?

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