Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

27.3.10

em palavras

Se eu fosse enunciar todos os meus prazeres ociosos, a coisa passaria por escrever por aqui; cozinhar só para mim - quando não há mais ninguem por perto- refeições requintadas e orgânicas como cogumelos shitake e shimeji com shoyo acompanhado de broto de trevo com pedaços de queijo brie, kani e morango regados a um bom azeite virgem; Folhear meus livros de astrologia, todos ao mesmo tempo, em meio as minhas revistas de decoração espalhadas e abertas harmoniosamente na minha cama e eu ali sentada a viajar..viajar; Saborear um pote de nutela a colheradas durante todo o dia, sob todos os pretextos, como se não houvesse amanhã; Ir a praia sozinha com cinco livros queridos a tiracolo e escolher o lugar mais vazio e silencioso para que eu possa me aquecer ao sol e me inundar no mar sem tempo a me cobrar; brincar com meu filho a gargalhadas de dançar e cantar, por horas a fio, tornando-me criança com ele; Me encher de chá gelado; E porque não vinho, vinho, vinho? com batata da lata e tv sem culpa; E no entardecer passear por entre estantes de uma livraria bem charmosa, mesmo que eu não tenha dinheiro para levar todos os livros que me fascinam, e ler um pouco de cada, um pouco de tudo... em silêncio. Como me agrada o silêncio deslumbrante dos meus prazeres ociosos.

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