me empanturrei de mim.
cortava-se mais uma folha no calendário. E naquele ano, ano esse de versos sólidos, decididamente o que não me faltou foram pedaços. No exercício de deglutir-me. restituir-me, instituir-me, substituir-me.
Foram pedaços lançados goela abaixo.
Rasgados a dentes, a garras, a fome, a pressa, à cia. Mastigava-os como sabia, como podia, como sentia.
Comia.
Comia.
Porque fugir da vontade da gente
dá um trabalho danado e
me encarar de frente era o cardápio mensal.
dá um trabalho danado e
me encarar de frente era o cardápio mensal.
O prazer tremendo em me servir inadiavelmente de prato a cada dia, cabia à mim.
Mal cabia assim.
Mal cabia assim.
Farta ceia sadia.
Fatídica.
Como quem abre os pulsos.
Como tudo.
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exprimi meus risos mais aveludados e vagabundos
me agarrei pela cintura
e sei um pouco mais
do doce AMARgo.
Adorei seu blog!!
ResponderExcluirBelos versos!
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