Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

13.9.11


Preciso de um coração novo. Um coração com menos entulho, menos barulho. Com menos destroços. Com menos abraços desfeitos, menos unhas cravadas -  e se possível sem quaisquer detritos impróprios.

Preciso de um coração maior. Quero um coração novo e dos grandes, cheio de ar e de sorrisos, cheio de uma resignação feliz, sem ódio, sobretudo sem ódio, e sem qualquer chama que se alimente do seu oxigênio. Preciso de ar, sem medo de sopros. Um tipo único de coração inflável, para que na exata hora de abrir o peito - porque sempre chega a hora de se abrir o peito- eu falasse em tom rasgado, cheia de charme: Pode chutar, pisar, esmagar à vontade! E então no fim, triunfante, eu anuncio: Rá! este coração nem de felicidade há de arrebentar.

3 comentários:

Fale o que pensas... Ja que me olhas