Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

22.11.11

 Venha amor sanguinário, me agarre pela cintura enquanto ainda estou de saia. Enquanto ainda pulsa os restos mortais impecáveis daquela noite em que assumi a metade que cabia em seu corpo e que faltava em minha alma. Suba pelas minhas pernas, ataque minhas beiradas com os afagos de quem domina uma nação, enquanto ainda bate em meu peito uma vontade insistente de qualquer coisa que envolva mais alguém.
Venha e supere toda as minhas expectativas mundanas sobre o que ainda aguento no pico do abismo, na minha vertigem, em queda livre, louca e oportuna. Porque se ainda respiro, porque se ainda anseio, porque se ainda quero sentir os vestígios deixados pela sua boca naquele copo de vidro, naquele bar no fim do mundo, perdidos ao som do blues mais triste já ouvido.. Pois venha meu pequeno amor, em cortes profundos, na artéria certa, atinja meu miolo sem medo de rasgar a pele. Seja letal até meu último suspiro.
 E que isso custe todo o meu batom.


3 comentários:

  1. Olá! Sumiu do face?! Obrigada pela visita ! Bj*

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  2. Percorri com verdade cada
    pedaço da sua pele trêmula
    com o fervor dos lábios de
    quem deseja conhecer os segredos
    mais íntimos do teu corpo nu
    em brasa. Dúvida indócil me
    atormenta, início e fim da minha
    viagem carnal ao espaço dos teus
    pés pequenos beirando a inocência
    dos teus calcanhares num passeio sem
    enganos às penugens lisas do teu
    pecaminoso dorso enquanto me fitas
    com os olhos semi-abertos de quem
    espera voluptuosamente minhas mãos
    calejadas cravadas em teus já
    embaraçados cabelos nesse vai e vem
    em que as bocas se procuram
    numa sinfonia muda e em riste
    o falo agudo encontra paz
    na sua densa gruta.


    Teu suor regou minha alma...

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