Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

11.1.12

a seu tempo.

nasceu com um pequeno defeito e essas coisas de coração, tudo em segredo.
Ganhou corpo, aprendeu truques da vida e partiu. Só não sabia que seu coração crescia em demasia, mais que o previsto no espaço tempo que lhe cabia. Foi vivendo, já que não tinha outro jeito, com um peso tremendo dentro do peito. Cercou-se de gente, de verdades endurecidas, criou filho, trabalhou sem parar, reuniu memórias e certezas...até encurvar-se, sem saber o que tanto lhe doía no centro. Suas fraquezas, mandava pro vento. Contava a todos seus bem-feitos e sua coragem brutal, trazendo a mão sempre ao toráx. Eis que, já franzina e com idade avançada, descobriu que tinha um coração imenso. Assustada com toda essa ideia de sentimento, da gravidade no momento, na hipótese de não ter aproveitado toda aquela sangria, resolveu adiar tudo o que seu bolso gritava e viver da qualidade de quem lhe queria bem.
 Hoje, o coração imenso é seu fio condutor, suas posses, sua densa sabedoria. Ela, ainda leva as mãos ao toráx quando conta suas valentias. Mas agora, tudo é doce.

Que ele pese, leve e preserve.

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