Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

30.6.10

vida

Teço meu destino
Engulo meu pão
e moldo à mão.

4 comentários:

  1. E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?

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  2. Não só amo, como acredito na teoria da repetição.. 'Quando Nietzsche chorou', é ficção, mas fala lindamente disso proclamando o Amor Fati.

    Teruz, mais uma vez adorei. E se reparou, tá impresso na minha 'poesia'.. 'engulo me pão'. Tenho algumas questões que criei a respeito dessa teoria, podemos trocar altas idéias, vai me escutar?

    bjs

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