achei engraçado o jeito que ele me olhava.
Parecia estar diante de todas as minhas sem vergonhices. Sardas à tona, uma a uma contavam a história pra ele, e eu nem ousava indagar. Mas não pensem que eu fugi, eu não fugi não. A vida me fez forte, corajosa e atenta aos milagres das sintonias fantásticas de certos encontros. E me deixei assim: sem vergonha, sem embaraços, sem tratos na língua, porque era disso que ele se referia ao me olhar com aqueles olhos. Era essa a procura, o achado, o tal do tesouro que eu não mais escondia.
Cartas na mesa, na cama, na pele e pra sobremesa.
31.5.10
30.5.10
esse agora, passou...
as vezes tenho a sensação de que tudo é em vão.
nos venderam um futuro que não extiste
eu tô aqui agora de braços abertos
nos venderam um presente que não existe
e eu aqui de braços abertos
passou.
é passagem
é paisagem que muda a todo instante
é único instante
e é natural
não temos muito o que fazer...a natureza é sábia. Clichê?
só sei que não guardo mais um sorriso, um abraço
um amo você.
Não guardo.
nos venderam um futuro que não extiste
eu tô aqui agora de braços abertos
nos venderam um presente que não existe
e eu aqui de braços abertos
passou.
é passagem
é paisagem que muda a todo instante
é único instante
e é natural
não temos muito o que fazer...a natureza é sábia. Clichê?
só sei que não guardo mais um sorriso, um abraço
um amo você.
Não guardo.
29.5.10
25.5.10
"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro." Clarice Lispector
Então mergulhei em mim.
Mais uma vez, fui eu tocar um fundo que não chega.
Um pé que não da pé. Daí provoco o piso, a laje, o concreto..Porque desabar, nem sempre é um mal negócio. Porque gosto de experimentar o resto, que de resto nada tem. É sobra que transborda pra tudo quanto é lado, afim de que se torne. Afim de que contorne. E percebo que há trechos pra colorir, há trechos pra fotografar, há trechos pra filmar, há trechos pra contemplar...
E vou seguindo no meu tempo. Nos erros, acertos, curtas, longas..
Sem pressa. Detalhando nos rodapés.
Então mergulhei em mim.
Mais uma vez, fui eu tocar um fundo que não chega.
Um pé que não da pé. Daí provoco o piso, a laje, o concreto..Porque desabar, nem sempre é um mal negócio. Porque gosto de experimentar o resto, que de resto nada tem. É sobra que transborda pra tudo quanto é lado, afim de que se torne. Afim de que contorne. E percebo que há trechos pra colorir, há trechos pra fotografar, há trechos pra filmar, há trechos pra contemplar...
E vou seguindo no meu tempo. Nos erros, acertos, curtas, longas..
Sem pressa. Detalhando nos rodapés.
24.5.10
ainda acordada..
E já havia dito algumas vezes: quero a compania do que é forte e marcado. E eu e minha bolsa grande diante de tudo, te mandamos um abraço.
E da minha boca vermelha, simplesmente, não sai mais nada.
E da minha boca vermelha, simplesmente, não sai mais nada.
23.5.10
anoitece e o material hedonista nos cega.
Tiranizo corpo seu
sérvo ao meu.
Em brando corte
leio através da pele
solta
O sumo constante
que é base de
língua
faminta
faminta
à jato
farto de nós
Farto sumo.
Anseio sola, palma e cheiro.
Anseio sola, palma e cheiro.
E mais uma vez o corpo precede a alma
Veludamente
caloroso
Veludamente
caloroso
Afim de que envolto
coexista
coexista
em peso, cego
Fantasia.
Fantasia.
E seja o caminho;
Seguido
Implorado
Atacado
Viciado
Atacado
Viciado
à tal da maça proibida.
22.5.10
de:Tino para: Des, com carinho.
É quando temos a certeza de que ele irá chegar.
Daí transborda no olho. Como se uma parte encontrasse com a outra parte límpida. E dá-lhe vertigem, borboletas, buracos num estômago que passa a ser mais real que a relação estabelecida pés, chão, pés. Ele tem um cheiro que eu gosto, e a risada...Uma pausa pra risada mais confortável do mundo, nesse raio de 1m que a vida se torna, naturalmente. E é magnifico esperar a presença, a simples presença que me faz escrever esse recadinho em papel virtual.
Esse eu não quero amassar.
Não vou amassar.
19.5.10
Afogou-se.
Liturgicamente não havia mais espaço integrado para que o fundo não estivesse tão perto. De tão perto sentia-se nele, raspar as solas dos pés. Afogou-se. Porque essa era a razão que tanto dependia aquela escolha. Tantas escolhas. Tantos caminhos. E o que faltava continuou estrada a sua volta, emanados pela pulsação que ainda vinha daqueles batimentos roxos. A cena soava triste. A cena se afastava aos poucos. E ela acena de volta por uns instantes para uma platéia que ao fundo sussurrava suas lástimas pessoais. Perplexos, os presentes naquele momento, ainda acreditam que não passou de um último reflexo vital*. E voltam carimbados às sua vidas pêsames.
*afogou-se novamente feliz e deixou seu adeus a quem ainda ficava pro jantar.
Liturgicamente não havia mais espaço integrado para que o fundo não estivesse tão perto. De tão perto sentia-se nele, raspar as solas dos pés. Afogou-se. Porque essa era a razão que tanto dependia aquela escolha. Tantas escolhas. Tantos caminhos. E o que faltava continuou estrada a sua volta, emanados pela pulsação que ainda vinha daqueles batimentos roxos. A cena soava triste. A cena se afastava aos poucos. E ela acena de volta por uns instantes para uma platéia que ao fundo sussurrava suas lástimas pessoais. Perplexos, os presentes naquele momento, ainda acreditam que não passou de um último reflexo vital*. E voltam carimbados às sua vidas pêsames.
*afogou-se novamente feliz e deixou seu adeus a quem ainda ficava pro jantar.
Já não sei
Se falo o que penso,
se penso o que calo.
Se há calo no que penso que sei.
Já não há o que sei;
O que calo, talvez.
Já não há o que penso;
O que falo, talvez.
E se há o que penso no calo..
Há.
Eu sei.
18.5.10
máquina de escrever e teclas soltas.
Vomito dissertativas a tempo de que não me engasgue.
Resolvi assim não ruminar digestões mal elaboradas. Sou parte de um corpo chamado universo, e me ambiento na mente- grupo restrito de fortes pensamentos- e não quero ser engolida antes de conseguir chegar na melhor vista de que se pode ter.
Aqui de cima.
Resolvi assim não ruminar digestões mal elaboradas. Sou parte de um corpo chamado universo, e me ambiento na mente- grupo restrito de fortes pensamentos- e não quero ser engolida antes de conseguir chegar na melhor vista de que se pode ter.
Aqui de cima.
17.5.10
correu pro quarto.
Era ali, seu refúgio encantado. Por tantas desarrumado, por quantas iluminado. E dali daquele canto, lhe fugiam pensamentos incessantes na busca, na fuga, na vida. Implacável fato assombroso, que nem ela sabia, era que o lado que tanto a acolhia tambem lhe invadia. Sendo assim trangressora aquela magia. Quarto assombrado de menina encantada por pensamentos vibrantes e alma liberada. Anos a fio na 'autoestrada'.
Era ali, seu refúgio encantado. Por tantas desarrumado, por quantas iluminado. E dali daquele canto, lhe fugiam pensamentos incessantes na busca, na fuga, na vida. Implacável fato assombroso, que nem ela sabia, era que o lado que tanto a acolhia tambem lhe invadia. Sendo assim trangressora aquela magia. Quarto assombrado de menina encantada por pensamentos vibrantes e alma liberada. Anos a fio na 'autoestrada'.
enfim, bom dia!
De lua cheia em plena segunda feira. Vai me entender sem eira nem beira. Vasta é minha alucinada lombeira pela manhã de eternas segundas... E ascendo velas me apercebendo de que anos- luz faz-se essa história derradeira, milongas segundas feiras. E do meu internato universo, vasculho uma fagulha de excitação pelo início de uma semana nova/cíclica envolta aos lençóis macios que seguem seu devido caminho, segunda feira à maquina de lavar. Mas como poucos, de chinelo posso estar..e fico assim, café quentinho e sorriso no rosto esperando a hora da minha segunda começar.
e cochilo dedicada, mais uma vez.
e cochilo dedicada, mais uma vez.
13.5.10
12.5.10
tão em vão quão
Pra que tantos subterfúgios?
até parece que não tem mais pés para tanto chão. segue a vida que te cega sem maneiras de parar, sob alto muros fartos por temer não chegar. chegar onde se quer.
onde se der. onde se deve.
devendo há passos largos um caminho pra si só. pro nu central desse caos de menina para-raio, para choque, paraquedas,
para tudo!
e se deixa a margens com vestidos impecáveis e uma vida agendada
será medo do que há por vir no fim da estrada?
mais vale o tudo do que o nada.
e de cartaz em cartaz passa o filme na calçada
onde passam todos apressados,
deletados
enlatados
atrasados
onde passam todos apressados,
deletados
enlatados
atrasados
e sem notar
a presença magnífica dos que vivem no particípio
sonhado.
11.5.10
'espiadinha'
A mão dele passou por toda minha áurea.
E de chakras em chakras numa forte energia vibrante, chegamos iluminados ao plexo solar, extasiados em kundaline.
Mas aí vem o carma: - Ele me chama Violeta?!!!
E de chakras em chakras numa forte energia vibrante, chegamos iluminados ao plexo solar, extasiados em kundaline.
Mas aí vem o carma: - Ele me chama Violeta?!!!
e eu queria escrever seu rosto.
Já não me lembro mais dos seus traços
que da memória se apagam, tão cedo.
Então o que faço;
Vou te recriando em linhas
afim de que salte do papel
o peso do seu abraço, seu cheiro
seu sorriso iluminado, seu cabelos desarrumados..
E mais uma vez amasso.
Amasso o papel que traz nas linhas,
a distância que o mundo toma. porque essa distância as vezes dói.
Mesmo que torne real o tamanho que tudo tem.
Já não me lembro mais dos seus traços
que da memória se apagam, tão cedo.
Então o que faço;
Vou te recriando em linhas
afim de que salte do papel
o peso do seu abraço, seu cheiro
seu sorriso iluminado, seu cabelos desarrumados..
E mais uma vez amasso.
Amasso o papel que traz nas linhas,
a distância que o mundo toma. porque essa distância as vezes dói.
Mesmo que torne real o tamanho que tudo tem.
Sua Fada madrinha libertina!
Me vem com esses encantos profanando meus ideais
Quero casa, marido e cereais pro café da matina
Mas daí me aparece você, toda faceira pela esquina
E me magia assim
De cabo a rabo
Em adrenalina
Menina livre e desimpedida
Cheia de idéias na vida
Trabalho, filho, cursos, coragem e academia
E tanta mente pra enfrentar com jeito decente
esse mundo cão que engole a gente
vez ou outras
sem perdão.
Sua Fada madrinha libertina!
E eu que me achava vivida
Pé no chão
Seguidora convicta dos ensinamentos 'socila'
Dou de cara com você toda brilhante
Segura
Livre
Fascinante
Faíscas nos olhares mundanos
Com a varinha em riste
me apontando os enganos
E me fazendo majestade,
A rainha da minha própria vida.
10.5.10
8.5.10
Em agradecimento a maternidade
Mãe é aquela coisa do coração não andar mais dentro do próprio peito.. O meu tá já há 4 anos batendo com suas próprias perninhas.
E todo aquele amor que você conhecia toma uma nova dimensão
Ele parte de um outro ângulo
E à medida que os anos passam
cresce tanto, cresce tanto, cresce tanto
que aquele órgão que antes batia no seu peito
já não caberia mais ali dentro
Ele agora pertence há um novo mundo,
com pele, cabelo, cheiro, sonhos
Que fazem todos os nossos cinco sentidos, inclusive um sexto funcionar
telepaticamente.
E a gente aprende que é assim
O coração não mais nos pertence
aliás, nada de fato mais nos pertence.
E tudo começa a fazer sentido.
nascidos na semana do enigma
'Uma mãe de 10 filhos que cuidava da fazenda e fazia batatas fritas, Grandma Rose começou sua carreira de pintora aos 78 anos de idade. Faleceu aos 101, e nos últimos 23 anos de sua vida pintou mais de 1500 quadros. O tema dessas composições naturalistas, primitivistas e infantis eram imagens e memórias da infância e histórias com as quais cresceu. Um fenômeno inexplicável, como ocorre com muitos nascidos em virgem II, ela foi completamente autodidata e melhorou a qualidade do seu trabalho com o passar dos anos. Conhecida no mundo todo e altamente valorizada por colecionadores, Grandma Moses ganhou poucos dólares com seus quadros em vida.
Uma exceção enigmática no mundo das artes, seu processo artístico desafiou a análise.'
Simbolicamente é o adulto maduro rompendo com sistemas e modelos anteriores de vida.Seu rosto não revela facilmente o que pensam.
7.5.10
diga-se de passagem: Não podia ser ontem. Foi hoje. Mais um dia, em que sonhos meus teimam me agarrar pelas asas. Mas quem deveria agarrar-se a eles sou eu. Ou será que amanhã tem mais? Fascínios doidivanos que me atentam a certos planos difíceis de serem lacrados. E se resolvo, enquanto corpo, deixar as unhas crescerem.. Será garras minhas presas em sonhos? Será sonhos meus presos a garras? Ainda assim confio nos instintos das minhas asas, que por baixo da saia se aquietam em troca dos rumos..Em rumo. Um tal de mais sonhos jogados no mundo. Mais ventos pros meus cabelos
ainda que presos por laços. Na cor vermelho.
ainda que presos por laços. Na cor vermelho.
5.5.10
blábláblá.. e a gente chega lá.
Essa vida desafia de maneira singular
Quando pensas que tem tudo
Dá um medo só de pensar
Que amanhã
pode ser que o tudo
desapareça sem avisar.
Mas quando pensas que nada tens
Vem a vida e o que te dá?
Dá o mesmo.
Em sentido
amplo, claro e bonito
Pra tudo somos iguais
Acredite num piscar
O infinito tá contigo e ninguem pode tirar.
assalto
- Me passe essas suas 24 horas! Rápido, rápido! Agora vai, essas suas horas perdidas aí...mete aqui porra!
4.5.10
Vario no tom.
Atênuo uma nota aqui, outra ali. Como os 'apetites'. Como os desejos e as formas variam. Como o gosto. Multifacetas da minha transparência em escritas ora dissimuladas, ora nada. Que pra ti não servem por vezes.. pra outras tantas exatas.
E gosto de mim assim. E sou-o com gosto. mesmo quando não gosto.
Atênuo uma nota aqui, outra ali. Como os 'apetites'. Como os desejos e as formas variam. Como o gosto. Multifacetas da minha transparência em escritas ora dissimuladas, ora nada. Que pra ti não servem por vezes.. pra outras tantas exatas.
E gosto de mim assim. E sou-o com gosto. mesmo quando não gosto.
Par . Seria..
Minha epiderme anda sofrendo um colapso noturno.
Falta de tato, textualmente falando.
E esse blog que retrata um modus vivendi. Revela como ir no fundo de si, já que lá chegando sabe-se que mais nenhum desastre nos surpreende. Processo no qual só através dos outros encontro a escada para o fundo de mim.
Falta de tato, textualmente falando.
E esse blog que retrata um modus vivendi. Revela como ir no fundo de si, já que lá chegando sabe-se que mais nenhum desastre nos surpreende. Processo no qual só através dos outros encontro a escada para o fundo de mim.
3.5.10
Princípios fundamentais
Assumo minha total liquidez ao diluir sentimentos enquanto caminho estabanada pela Terra. A procura daquele tesouro profundo, em que todos no mundo, diante do escuro, sonham em reluzir.
Só.
Sou.
Entre tantos.
E vislumbro minha total sintonia fantasiada de pele, cabelos e dentes. Um guindaste que me salva do buraco infinito d'alma. Buraco esse que me chama exagerado. Exagerado que sou. Se até a falta é complemento do tudo, meu exagero é oportuno e eficaz.
Juntos.
Conjuntos.
Entretanto,
me espalho partículas de mim em mim. Afim de que a massa em volume, possa equalizar alguns porquês. Alguns não sei. Alguns sei lá.
E continuar assim, estabanadaempêlos caminhos da Terra.
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