Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

6.1.10

Confissões de uma menina má

Reconheci ele no olhar.
Deixei ele chegar perto do meu braço. E em proximidade ao meu calor
traços, cheiros e cor. Se encostar.
Afugentei meus crimes e me desarmei.
Proposital no jogo de quem seduz suas presas
E foi assim, debaixo de uma noite ensolarada que assumi em totalidade a metade que faltava.
Ele
Hipnotizado, esfomeado alienou-se na mais rendida profusão de sentimentos
Nunca havia se dado ao luxo de tanto destempero. Poor baby, em inevitável armação do destino
Rasguei-o inteiro. Em pele, desfiando ainda quente seu tecido mais profundo, seus nervos.
A dentes
E o sabor fora destrinchado. Ainda que a fuga, intrinsecamente seja a partida desse ritual.
Dessa vez nada.
Não sobrou tempo. Nem carne, nem sangue, nem mente.
E mesmo em face de seu último resquício vital ele me pedia para não parar
agonizava por mais e mais e mais..
As tantas, ainda felina, desviei meu olhar
Já havia passado da hora de brincar.
E deixei o que sobrou ali. Sem vida. Pedaços retalhados de gente
e sonhos.

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