Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

17.1.10

Amor de ontem (ins)pira. Amor de hoje (trans)pira

Nem sempre a minha boca consegue dizer para você o que quero, ainda bem que tenho dedos. Pra poder te tocar ao pé dos olhos. Sussurrando.
Essa conta de transbordar: soma dali, multiplica daqui. Sempre me fez exceder. Daí é um bombardeio sem tropas. Sou uma multidão sozinha. Uma multidão de crianças soltas numa fábrica de doces. Um ser reticências, nessa matemática em contínua construção. Do tipo complete as linhas se for um gênio.
Cheia de pecados capitais. Escrevendo sobre o amor de ontem e saboreando deliciosamente o amor de hoje.
 A gente tem que rir. Tem que ir. Tem que deixar partir. Tem que maneirar no palavrão. Tem que comer de boca fechada. Tem que sentar de perna cruzada quando tá de saia. E tem que amar por inteiro. Adoidado. Com entrega de alma. Pegando o carro e dirigindo na madrugada só pra sentir de novo o gosto do beijo amado. A gente tem que fazer poesia. Ouvir música alta e dançar 'perigosamente' em frente ao espelho. E  tem que escrever sobre o amor. Sobre o amor do passado. E deixar a saudade bater, com um sorriso largo no rosto. Porque esse amor é vitamina. É antídoto. É história de dentro pra fora. É inspiração. É meu.
 O amor que a gente já viveu é pedaço de vida que só a nós pertence. Então eu escrevo, sentindo o gosto bom da coisa, enfim.
 E você, eu sei que me lê.

 Como uma multidão de crianças soltas numa loja de chocolate, sem adultos por perto, e com prateleiras na altura das mãozinhas.
'Por aqui', faço o que eu quiser.

- hoje eu te quis por perto.




*Esse texto escrito por mim, é dedicado a quem transborda
 assim como eu.
 E sabe que nada e nem ninguem
nessa vida é em vão.

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