Nunca negou a vontade de ter seu coração entre os dentes.
Não havia mais sentido no simples senti-lo bater sem compasso ao encostar as mãos no peito. A certeza do desconhecido inebriava a sua mente. Não era necessário sangue, nem anestesia, nem zêlo. Determinada, parecia saber o que estava fazendo. Queria senti-lo na boca, pulsando como se fosse engolir todo aquele sentimento que guardava há tempos. No entanto era fato que sua expectativa cirúrgica sucumbia a seus desejos viscerais. E sem avisar, não havia mais como escapar. Seu último pedido: Apronte-se para o procedimento.
E foi ali, em consentimento, a sacanagem mais cruel de sua vida.
inevitável aos intensos.
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