Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

10.4.10

sintomático

Entre imperfeições honestas e belezas hipócritas.
É, eu descobri o amor que me faz perder o ar. Sintomas típicos: perde-se a cabeça, a boca, as pernas e o resto. E é um tal de maça cortada, de semente, de fruto proibido na mente. Tudo espalhado na mesa entre talheres, eu e café quente. Era o que eu tinha para oferecer naquele momento irremediável. Deixar sentir. Faço isso sempre. Uns chamam de inconsequência. Mas por algum motivo eu repetia a tal das coisas de todas as formas. Eu gosto desse estado de sons que cruzam nosso caminho sem pedir licença. Eu gosto dessa liberdade poética de não ser compreendida, de me atirar de umbigo no meio da avenida, de cores que invento e que se transformam em potentes versos curtos.
E nessas horas inebriantes, desarmada é que vou além do que se vê. Sem vaidade para dividir com o mundo real.

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