Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

31.5.09

Com um coração que não é de metal

Boio no mundo mas aconteço no centro, sustento o intenso. Não tenho gravidade mas afundo na profundidade do tudo. E naquela noite atípica onde as mensagens não tinham sentido algum (pelo menos em parte), tudo o que ela desejava era os braços dele, a dança com ele, a conversa com ele, a fumaça com ele... Bem, ela estava ali, na casa que havia dentro dela. Só, nos meios dos amigos. Esperando que ele entrasse pela janela.
...

Com o coração -que não é de metal- ela o escutava falar sobre o emprego de energia numa situação que não havia mais porque. Mesmo que a sincronicidade dos seus desejos fosse absurda, embriagante ao ponto de os fazer voar. Ele dizia a ela para não ter pressa. Aham (em parte, pois a falta de pressa não pertencia a personalidade dela). Ele queria tudo light (em um momento rodízio de churrascaria). Então ela ficaria assim, de pernas abertas e braços cruzados -parecia que a vida a queria assim-. E ela nem sabia direito, ao certo, se era tudo aquilo mesmo que ela desejava. Ela só sentia. Parte dos sentidos que as vezes não fazem sentido algum. Mas uma coisa é certa, ela vai deixar que todo o universo que existe em seus poros transborde. E se ele quizer, que venha. Pois ela estará de pernas abertas (até esse trânsito passar).

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