Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

1.10.10

não. dessa vez não é Camões.

Então, vamos falar de amor.
Não o amor de Camões, que é ferida que dói e não se sente. Quero falar do amor que te faz perder o controle, depender do outro, doer por inteiro, se sentir corpo, vísceras, intestino. Não é o tipo de amor que você ama, mas é aquele que não tem como escapar e que te faz ter as melhores histórias pra contar. Amor de guerra, onde seu corpo é domínio tomado, território de toques e palavras que soam como canhões direto ao corpulento pulsante. Espaço invadido por soldados rosados bandeira adentro. E você fica sem saber se isso é amor pra valer ou tesão absoluto!
 Porque o processo também é químico, físico, biológico e até mesmo psíquico, contagioso e transferido de uma pessoa para outra como o bocejo, um vírus letal, uma gargalhada, uma bolada em jogo de queimado.. e como a coisa chega, a coisa saí fora de controle, te faz sangrar e você se pergunta porque teve que se apaixonar ao invés de serem melhores amigos, daqueles que brincam na escada do prédio vizinho.
 Bom, evidências científicas provam que a vida continua com ou sem amor. Cicatrizes, pontes de safena, juntar caquinhos fazem parte de todo esse processo, e nessa altura do campeonato você não vai deixar de entregar por inteiro seu coração na mão desse alguem que pode estar na esquina a frente.
Nunca tenha medo de novas versões. nunca.

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