Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

10.2.10

10 em alegoria: minhas veias.
um emaranhado de teias auriculares
que semeiam sangue
células
dna
Microesferas sonoras de mim
partículas de desejos capturados
por mitocôndrias bailarinas
serelepes em sapatilhas
que produzem energia
liberando pequeninas partes minhas
prontas para respirar
tipo purpurina solta no ar
E vou brilhando nessa avenida atômica da vida
Com bateria rainha
tocando no peito
um puxador de voz grave e efeito
sem perder o rebolado
dona do melhor gingado molecular
Enzimática em sua passagem
Guerreira na viagem
vai arrastando uma multidão de elétrons, prótons e neutrons
todos de olhar chapado em seu pandeiro
Ouvindo em coro da multidão:
- Radical livre!
E segue destaque no seu caminhar.

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