Solidão é pretensão de quem fica
escondido
Fazendo fita

23.12.09

Enfim é Natal

e entre ho ho hos e shoppings 'decibéismente' lotados vou entrando no clima jingle bell.
E essa noite em meio a embrulhos de presente, relógios eletrônicos de super heróis de 10 anos, garras afiadas de seres mutantes e bolinhas que viram alienígenas ao serem arremessadas na parede (alguns dos pedidos do meu filho ao sr. da barba branca), fui alçada a minha tenra infância de condomínio. E comecei a lembrar dos brinquedos desejados por mim quando criança. Ok, que quando eu ainda era  uma menininha, o Harry Potter era apenas um embrião em formação de mágico, mas isso não vem ao caso. O que me recordo mesmo é que sempre tive gostos diferentes do que fazia parte da cultura 'normal' da gurizada da época. Enquanto as meninas aguardavam por barbies, perfumes Thaty (boticário), aquela boneca pavorosa e enorme chamada de Amiguinha entre casaquinhos da Pakalolo e coleção da Moranguinho. Eu ansiava por uma tábua ouija- sabe, aquela usada no filme exorcista tipo a brincadeira do copo. Pois é, nunca ganhei. Hoje em dia ia ser um objeto interessante de decoração... Bom,  mas voltando ao assunto, não fiquei na carência de pedidos desejados e não realizados. Meus papis foram até bem legais comigo. Lembro de algumas bizarrices conquistadas a cartinhas para Noel, boas notas, bom comportamento e uma dose extra de persuasão.
O boneco Fofão foi um deles, (lembra da história do demônio dentro dele, tipo Chuck) essa história me fascinava, eu vivia com aquele boneco bochechudo debaixo do braço. O filme do vídeo Triller do Michael Jackson foi outro, eu ultilizava ele sadicamente com meus irmãos mais novos, amiguinhos e primos fazendo-os assistirem (sem platéia não tinha a mesma graça). Um relógio chamado de cebolão, na cor vermelha- claro! Tambem tá no ranking ( eu me achava com aquele pedaço de pneu vermelho digital no braço) e pra finalizar com chave de ouro a sessão nostalgia das bizarrices desejadas e conquistadas por mim, segue a número 1 (tirando a tábua ouija que nunca ganhei): Aos 7 anos 'convenci' a família a me dar de presente um ingresso pro show do Ney Matogrosso -eu era fã, pode acreditar- e desejava muito assistir ele ao vivo (óbvio que todos teriam que ir) . Me lembro perfeitamente do show, muito brilho, muito rebolado e aquele ser andrógino trocando de figurino em cima do palco. Ficando completamente nu na frente da platéia ao suingue de 'porque eu sou é homem', (eu estava com 7 anos, minha irmã 5 e meu irmão com 2 aninhos). No final do show ele distribuia para alguns uma rosa. E eu, ainda sortuda e eufórica, fui pra casa com uma das rosas na mãozinha.
Bom, entre traumatizados e felizes na família, todos vão seguindo seus caminhos. Acho que meus irmãos superaram bem aquele show, minha mãe tambem. Meu pai, realmente pegou um horror do Ney. E eu tô por aqui, né, assustando ainda algumas pessoas e escrevendo as 4 da matina essa história da minha vida na maior insônia natalina.

Ah.. o Natal!  Um feliz a todos.

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